sexta-feira, 11 de novembro de 2011

PÍLULA "DO DIA SEGUINTE" (por Ilza Lucas)

Na contracepção de emergência utiliza-se doses maiores de levonorgestrel em relação à contracepção rotineira. Seu mecanismo de ação é diferente dependendo do ciclo menstrual que a mulher encontra-se. Levonorgestrel pode retardar ou inibir a ovulação, alterar a motilidade tubária e dificultar a passagem do espermatozoide no muco cervical. Depois da implantação da blástula no endométrio o medicamento não possui efeito. Também não impede a gravidez após implantação ser concretizada, todavia ainda não está provado que possa gerar riscos pós-implante e as bulas do medicamento recomendam sua não utilização, além de afirmarem que causam deformações no bebê. Para a Organização Mundial da Saúde o medicamento não provoca aborto.


Existem também possibilidades de falhas que ocorrem em cerca de 2% das mulheres.
Para utilização na contracepção de emergência 0,75 mg, uma dose até 72 horas do ocorrido e mais uma dose após 12 horas de ter tomado a primeira pílula.
Existe outra apresentação que conta com 1,5 mg de levonorgestrel e seu uso é em única dose, o mais rápido possível após o incidente, num limite de até 72 h.

Contraceptivo regular

São utilizados para prevenção de gravidez 0,15 mg por 21 dias (ciclo 21), iniciando a administração no quinto dia do ciclo menstrual ou no oitavo dia após a última dose do ciclo anterior. Em muitos casos este medicamento é associado com uma pequena dose de etinilestradiol.

Reações adversas

·         Náuseas e vomitos
·         Cefaléia
·         Tontura
·         Dores pelo corpo
·         Falta de ar
·         Desmaios
·         Aumento de pressão arterial
·         Hemorragia na gengiva

Precauções

O uso prolongado deste medicamento pode resultar em aumento de probabilidades para o câncer de mama, câncer de vagina, câncer de colo e câncer de fígado. Na gravidez e amamentação: pode resultar em má formação fetal, e seu uso portanto não é permitido nessa situação; o medicamento passa para o leite materno, estudos mostraram que o medicamento não diminui a qualidade do leite, mas seu uso deve ser feito após 6 semanas do parto.
O medicamento de contracepção de emergência somente pode ser utilizado caso ocorra um problema no método contraceptivo utilizado, como por exemplo, rompimento do preservativo, contato acidental do esperma com a vagina, relação sexual sem método contraceptivo e falha no uso de anticoncepcional diário.


Interações




A administração conjunta com cloranfenicol e carbamazepina pode reduzir o efeito anovulatório, gerando risco de gravidez indesejada. Além disto, barbitúricos, fenitoína, fenilbutazona, rifampicina, ampicilina, griseofulvina, vitamina C, insulina, tetraciclinas e outros antibióticos, são suspeitos de diminuírem sua ação.


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