quarta-feira, 7 de setembro de 2011


A busca por uma pele perfeita nos dias de hoje não se resume somente às plásticas ou outros procedimentos cirúrgicos. Também não se limita só às mulheres, essa batalha já alcança homens e até alguns jovens insatisfeitos com o visual. Um procedimento que vem fazendo a cabeça dos brasileiros nos últimos anos é a injeção de Toxina Botulínica Tipo A, o famoso Botox. A química é conhecida por combater as famosas rugas de expressão, aquelas provocadas pela contração muscular da mímica facial que, com o tempo, se transforma em vincos na pele, mais conhecidos como “pés de galinhas”.
Segundo a dermatologista Rosana Oliveira, há alguns anos, a toxina era utilizada especialmente pela Oftalmologia e Neurologia na prevenção de desvios musculares. Com o passar do tempo e com as novas descobertas da ciência, foi detectado que a química poderia também ser utilizada no impedimento da contração dos músculos faciais. Logo, dermatologistas de todo o mundo fizeram com que o Botox fosse liberado pelo FDA (Food and Drug Administration - órgão de controle de medicamentos americano) e pelo Ministério da Saúde Brasileiro, para ser utilizado também na Dermatologia.
O Botox pode ser aplicado na região frontal da face (testa), na glabela (entre os supercílios) e na região peri-orbitária (pés de galinha), através de uma agulha fina e com pouco comprimento. A dermatologista afirma que a dor pode variar de pessoa para pessoa. “Por ser injetado com uma agulha muito fina, a maioria dos pacientes relata que é perfeitamente suportável a sensação da picada. Alguns nem a sentem. Pessoas mais sensíveis podem utilizar um creme anestésico, aplicado 60 minutos antes do procedimento, para atenuar o incômodo”, afirmou Rosana. Aqueles que têm receio do procedimento podem optar por pomadas, chamadas de “Efeito Cinderela”, que possuem determinadas substâncias que simulam o botox em menos grau.
O efeito do Botox é observado nas primeiras 48 horas e aumenta gradativamente nos 10 a 15 dias subseqüentes à aplicação, quando ele se estabiliza na face do paciente. O efeito do tratamento dura cerca de quatro meses, sendo então necessária uma nova aplicação para a manutenção dos resultados. “Este tempo pode variar de acordo com cada pessoa. O procedimento pode ser repetido diversas vezes e, com a continuidade do tratamento, a duração do efeito tende a aumentar”, ressaltou a dermatologista.
Em relação às contra indicações, ela afirma que, quando o procedimento é realizado sem exagero a expressão da pessoa não é afetada. Por isso, o intervalo entre as aplicações da toxina deve ser de pelo menos 30 dias, caso contrário o organismo pode desenvolver anticorpos contra a química, diminuindo seu efeito. A utilização do botox em excesso pode ocasionar até a queda das pálpebras (as chamadas bolsas) ou dar a impressão de inchaço. Outros efeitos contrários como dores de cabeça e formação de equimose (manchas roxas) no local das injeções também são inevitáveis caso o procedimento seja feito muitas vezes.
Para os interessados em adotar o procedimento, Rosana orienta a não utilização em mulheres grávidas e em amamentação. A dermatologista diz que as pessoas não devem esperar até o rosto ficar cheio de rugas para adotar o Botox, pois, o efeito demorará muito tempo para surtir. “Os pacientes podem fazer a aplicação enquanto ainda são jovens, pois, não possuem a pele marcada pelas rugas. Este procedimento ajuda também na prevenção”, ressalta. A dermatologista também recomenda que os interessados procurem um local seguro e com boas recomendações para que não haja descontentamentos e excessos. “Depois, é só se entregar à beleza”, finalizou a especialista.
Solange monteiro

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